sábado, 11 de dezembro de 2010

Aos que se vão na primavera, ainda antes das flores desabrocharem.

então ronca trovoada
enquanto chove treme o chão
anuncia o fim do inverno
e traz consigo o verão

passou longe muitos meses
afastado, sem gritar
o trovão que mata a sede
a ânsia eterna do virá

quando o céu se cobria
e o cinza se espalhava
pelos mundos, pela vida

diz pra mim irmão trovão,
onde é que você sorria?

e agente assiste assim
impávido, o desenrolar
desse drama sem fim
do porvir, do abandonar

Num ir e vir que não se cansa
em ciclos que não vão fechar

procurar sentidos
só faz
sentido ao abandonar

deixar pra trás
certas certezas
e revivenciar.

essa eu escrevi quando tive uma notícia muito ruim, de um cara mto especial, que escolheu abandonar o convívio com a galera aqui no mundão. é estranho, mas nem dá pra questionar.

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