sexta-feira, 5 de agosto de 2011

saudades do que não é meu

Eu quero pra mim denovo o som do mar crescendo: invadindo o reino de meus sonhos a cada onda que quebra na areia. 
Eu quero um beijo de sereia debaixo do céu estrelado, enquanto as cadentes cruzam o firmamento abobadado.
Quero a mata viçosa recebendo o meu corpo nos seus braços enquanto no seu tapete de folhas secas descarrego todo o meu cansaço.

Quero mar cristalino, quero areia branquinha,
Eu quero paz e sorriso, sossego, ficar na minha.
Banho de cachoeira depois da trilha fechada, 
e acender fogueiras na beira da praia.

e saber que tudo isso: o carinho do vento, o abraço do mar, a sombra dos arvoredos e a beleza do luar
são pra mim como você, meus, sem o ser. beleza de se admirar, de se gozar, não de comprar.
não de se ter

porque o que é bom de verdade não se toma, se ganha de presente. como um raio de sol num dia nublado, cruzando as nuvens pra beijar o nosso rosto. como o vento fresco que vem da floresta quando nosso corpo quente padece de cansaço.

como o amor, plantinha que passarinho planta no vento. que cresce vadio em qualquer canto ao relento e cujas flores florescem sempre temporãs, surpresinhas que acalentam.

hoje eu vou sonhar com flores.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

De rolê pela Joatinga

Depois de mais de um ano, voltei pro lugar mais especial que já conheci nessa vida curta: Martins de Sá, na Ponta da Joatinga, litoral sul fluminense. Pertinho de Parati.

Fomos eu, o zack, a tuíla e a paulinha.

Mas dessa vez, em vez de fazer o percurso direto - parati - pouso da cajaíba - martins, resolvemos fazer diferente. Fomos de Laranjeiras para dar a volta na Joatinga e sair lá em Martins, passando pela praia do sono, ponta negra, cairuçu e martins de sá. Rolou também uma ida à sumaca, outra praiazinha especial.

aí seguem as fotos:

Primeira parte da trip - Praia do Sono. Lá agente ficou uns 6 dias, pelo que me recordo. Facim de chegar, estacionamos o carro no pé da trilha, na vila de oratório, que fica na vizinhança de Laranjeiras, o bairro dos condomínios dos bacanas.

A trilha não é tão difícil, mas pesou o rango que agente tava levando. Comida pra 15 dias, além das barracas, sacos de dormir, roupa e das paradas da cozinha.

Nosso acampamento:

Alguns visuais lá do sono - por ser onde ficamos mais dia, e ter acesso à energia, foi onde bati mais fotos.






Esse morrão aí da ponta é o que agente tinha que subir pra ir pras praias de antigos e antiguinhos,


 e por onde agente subiu pra ir pra próxima parada do role, Ponta Negra. Parece pouca coisa, mas com a mochila lotada nas costas, é sofrido!


Enfim conseguimos sair do Sono e partir pra Ponta Negra! Lá não tem onda, mas tenho certeza que é um dos lugares mais bonitos que já vi. A água é mto clara, rolou dar uma mergulhada no costão esquerdo, alucinante! Fez compensar o peso dos pés de pato na mochila! rs


Lá agente ficou na Branca, mãe do Diogo, avó do Gustavinho e sogra da Tuani, que esperava o segundo filho do Diogo. Chamou a atenção em todos os lugares por onde agente passou a quantidade de crianças, as pessoas começam a ter (muitos) filhos (muito) cedo.


A branca é um amor de pessoa, e arrumou pragente um chalézinho mto manero
de bambu e madeira, com cada um colchão que eu me emocionei só de ver, qdo subi o mezanino. É, eram 2 andares no chalé de bambu negão!



E lá o céu era tipo assim:


Mas como o que é bom dura pouco, partimos pra martins! A parada na ponta negra durou 3 dias. Foi providencial pra dar uma descansadinha da trilha do Sono pra lá, matar um pouco do peso do rango, pra fazer o caminho pra martins mais leve, já que essa era a parte mais pesada da trilha. 
Nos despedimos cedo da branca, e pegamos a trilha. O começo é o mais punk. um subidão que nunca acaba. Tava me sentindo esses alpinistas do everest, terminei a pirambeira dando dez passinho e descansando. Dez passinhos e descansando. Falei pra mim mesmo: Jamais faço essa trilha com prancha denovo!


Essa foi a trilha mais longa, mais inclinada, mais cansativa e difícil que já fiz. Mas com certeza é a trilha mais bonita que já fiz também!


Esse visual aqui é quando chega no topo da subida. Daí pra frente a trilha fica um pouco mais fácil, mais descidas que subidas (que nunca acabam!)










E essas últimas fotos foram tiradas em martins, logo que cheguei. Agente fez esse trecho em seis, sete horas. O dia inteiro caminhando!

Depois acabou a bateria do celular, e como lá é só gerador, não deu pra bater fotos de dia. Nem do último trecho da trip, a trilha pra pouso de cajaíba e o barco pra parati.

Logo no dia seguinte tinha altas ondas. Sempre quando agente tá mais cansado! E no último dia, entrou uma ondulação grandona, cara de ressaca. Sempre sobe o mar no último dia!






Saímos na quarta feira 20/07, e chegamos ontem, quarta feira 03/07. Deu tudo certo!

Gratidão!
à floresta com seus pássaros, cobras e cutias que vi
ao mar com seus albatrozes, fragatas e peixes e mariscos que comi
ao povo caiçara que preservou essa jóia do atlântico sul e a divide com os visitantes
aos meus companheiros de viagem pelo companheirismo durante toda a trip
e a Deus que leva o crédito pelo conjunto da obra!

quem quiser mais informações desse role, preços, etc... entra em contato que eu mando!