sexta-feira, 13 de julho de 2012

Seria o fim da Greve?


retirado de (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-07-13/governo-propoe-plano-de-carreira-aos-professores-universitarios)

Governo propõe plano de carreira aos professores universitários

13/07/2012 - 16h52
Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal propôs hoje (13) um plano de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais. O plano entraria em vigor a partir do ano que vem. A categoria está em greve desde o dia 17 de maio. Neste momento, representantes dos grevistas conversam com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
A proposta do governo estima que, ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva suba de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil. Além disso, “como forma de incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos”, os níveis de carreira serão reduzidos de 17 para 13.
Segundo documento do Ministério do Planejamento, “a proposta permite uma mudança na concepção das universidades e dos institutos, na medida em que estimula a titulação, a dedicação exclusiva e a certificação de conhecimentos”.
A proposta garante ao professor com doutorado e dedicação exclusiva salário inicial de R$ 8,4 mil. A remuneração dos professores que já estão na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, aumentará de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil.
A paralisação dos professores, que completou 57 dias, atinge 56 das 59 universidades federais, além de 34 institutos federais de educação tecnológica, dos 38 existentes. Eles reivindicam reestruturação da carreira e melhores condições de infraestrutura nas instituições.
No caso dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, a proposta prevê progressão de titulação. Além disso, o governo assegura que “haverá novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e experiência acumulados ao longo da atividade profissional de cada docente”.

Violência no Campo: Notícias do Sul do Estado

Essaqui é pra filho da p*** que diz que os responsáveis pela "violência no campo" são os camponeses na luta por terras.

Sul Capixaba - 2012. Fazendeiro manda pulverizar área ocupada. Famílias são contaminadas e gestante perde bebê.



(retirado de http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=92532)

Fazendeiro ‘pulveriza’ famílias assentadas
com veneno e gestante perde o bebê





Uma mulher com quatro meses de gestação perdeu seu bebê após o ataque do proprietário da fazenda Santa Maria, em Presidente Kennedy, que está em processo de desapropriação. Ao todo, além da gestante, mais 18 pessoas foram hospitalizadas. A informação é que o latifundiário utilizou agrotóxico para ‘pulverizar’ as 75 famílias que vivem na região desde 2009. 


Segundo o Movimento dos Sem Terra (MST), o fazendeiro ordenou aos funcionários que pulverizassem a região. Ao cumprir a ordem, eles direcionaram o caminhão para o assentamento durante cinco minutos contaminando as famílias. 

Segundo o MST, os laudos médicos apontam o uso de veneno agrícola como a causa dos sintomas apresentados pelos assentados. Entre os sintomas estão: secreção no nariz e nos olhos; falta de apetite; náuseas e vômitos; cólicas abdominais; diarréia; dificuldade respiratória; aumento da secreção brônquica; tosse; salivação; sudorese e incontinência urinária.

A informação do movimento é que uma força tarefa encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde chegou a ser encaminhada ao assentamento para socorrer as famílias. Entre os intoxicados foram identificadas oito crianças. Após o pré- atendimento, todos foram encaminhados ao Hospital Tancredo Neves, em Presidente Kennedy. 

“Os empregados do fazendeiro espalharam herbicidas que possuem o princípio ativo utilizado na guerra do Vietnã pelo pasto”, denunciaram os assentados. 

Localizada em uma área de 1,3 hectares, a Fazenda Santa Maria fica a 16 km da sede do município Presidente Kennedy e já foi considerada improdutiva pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O órgão chegou a anunciar a emissão de posse da área em 2009, quando os sem-terra ocuparam a região. Porém, a informação é que o proprietário da área está inconformado. 

Neste contexto, o clima na região se mantém tenso e já foi denunciado ao Incra, Ministério Público Estadual (MPES) e à Polícia Militar. Sem a desapropriação oficial, eles denunciam que o fazendeiro já jogou o carro na direção de assentados e vem promovendo a coação das famílias assentadas. Eles cobram que o Incra proporcione a Reforma Agrária da região e a punição do fazendeiro pelo aborto de um bebê de quatro meses e a intoxicação dos demais assentados. 

De acordo com um dos dirigentes do MST no Estado, Marco Antonio Carolino, a polícia foi chamada no momento da intoxicação e está investigando o caso. Para isso, foram recolhidas amostras do veneno utilizado durante a pulverização.  As famílias prestaram depoimentos na Polícia Civil.  

Agrotóxico

O MST denunciou que o histórico de degradação por agrotóxico na região é grande devido o uso intensivo de venenos agrícolas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e a pouca fiscalização do órgão responsável. 

O movimento encaminhou duas denúncias sobre o uso indiscriminado de agrotóxico ao Instituto de defesa agropecuária e florestal do Espírito Santo (IDAF). A primeira denuncia a ocupação da área de preservação permanente e a segunda a utilização APP, inclusive, com o uso de agrotóxico.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

PARA A FIFA, SOMOS TODOS CORRUPTOS. Ou "Pro capixaba, faz sentido..."

PARA A FIFA, SOMOS TODOS CORRUPTOS


  "Eu, você, minha avó e mesmo um recem formado na universidade
cheio de sonhos ainda. Para a Fifa, não há diferença. Somos todos corruptos
e equivalentes a “Teixeiras” e “Havelanges”.
  Hoje, o Tribunal da cidade suíça de Zug publicou seu processo contra
 os cartolas brasileiros. 
R$ 45 milhões em subornos passaram por suas contas em
 oito anos em propinas.
Mas o que mais surpreende no documento não são os valores
ou a constatação da obviedade da corrupção
que envolvia Havelange em seu reinado.
  Em um dos trechos,
o tribunal relata como os advogados da Fifa
tentavam convencer os juizes em uma audiência
 de que não viam problemas
 com a atitude de Teixeira e Havelange e alegavam
 que a proposta da Justiça
 de que os cartolas devolvessem
 US$ 2,5 milhões para os cofres da organização
 seria impossível de ser implementada.
Entre os vários motivos para não pedir o dinheiro de volta,
os advogados da Fifa apresentaram um argumento surpreendente:
 o de que a “maioria da população”
 de países da América do Sul e África
 tem nos subornos e propinas parte de sua renda “normal”
  Cito o trecho completo do argumento
 dos advogados da Fifa para não ficar dúvida:
“Os representantes legais da Fifa
 são da opinião ainda de que
 implementar a devolução do dinheiro
 seria quase impossivel. 
Eles justificam isso, inter alia,
 com o argumento de que
 uma queixa da Fifa na América do Sul ou África
 dificilmente seria aplicada,
 já que pagamentos de subornos
 pertencem ao salário recorrente da maioria da população”.
  Ou seja, Teixeira não devolveria o dinheiro porque,
 em nossa suposta “cultura”,
 todos temos parte da renda completada por subornos.
  Não vamos confundir as coisas.
A corrupção existe e é endêmica em nossa região
 e no Brasil, assim como na África.
Mas também existe na civilizada Suíça,
na gigante Siemens da Alemanha ou nos EUA.
  O que une a muitos hoje em nossa região
não é o fato de que
recebemos um pedaço de nosso salário em forma de subornos,
como insinua a Fifa.
O que nos une é hoje a indignação diante dessa realidade 
e o fato de estarmos exaustos
 de ver dinheiro público enriquecendo certas pessoas.
  Querer agora justificar
 a dificuldade em receber o dinheiro de volta
 alegando que somos todos assim
 não é apenas surpreendente como argumento legal.
É uma ofensa!
Peço desculpas ao leitor por sair da linha da notícia objetiva.
 Mas me recuso a ser comparado a Teixeira.
 A entidade sempre soube da corrupção
 e mesmo Joseph Blatter era o braço direito de Havelange.
 E a única atitude que tomou
 foi a de abafar os casos cada vez que surgiam.
  Quando Jerome Valcke sugeriu
 que o Brasil recebesse um “chute no traseiro” pelos atrasos na Copa,
ele tinha razão no conteúdo,
 mas não nas palavras usadas.
 Um vice-presidente do COI
 chegou a me dizer que a Fifa havia sido “racista”
ao fazer o comentário do “chute no traseiro”,
 adotando um ar de superioridade.
 Na época, achei que ele exagerava
 e que não havia lugar para racismo escancarado assim.
 Mas lendo agora o comentário dos advogados diante de um tribunal,
começo a pensar que ele poderia ter razão.
Basta, Fifa!"

Hoje eu senti a falta do William Bonner no Jornal Nacional.
 Queria vê-lo com a mesma cara que já falou tão bem dessa dupla 
- Ricardo Teixeira e João Havelange - 
afirmar que lá fora
 (parecido com aqui dentro do País)
 eles são mais sujos que pau de galinheiro.
E o Demóstenes... 
ah, no dia que esse pilantra foi cassado
 Mr. Bonner não apresentou o JN. 
Ia ser difícil esconder o rubor na face 
na hora de falar que na verdade,
 aquele eleito pela mídia
 como paladino da ética
 na cruzada contra os governos petistas,
 era simplesmente
 representante parlamentar
 dos interesses de certo bicheiro, contraventor, 
vulgo cachoeira.
Aqui no Espírito Santo,
 volta e meia agente vê casos parecidos.
 Empresas tem que mudar de sessão
 as fotos que publicam em seus jornais. 
Os amigos da coluna social ou política
migram pras páginas policiais... E todos fingem surpresa.
Costume Capixaba.