sexta-feira, 5 de agosto de 2011

saudades do que não é meu

Eu quero pra mim denovo o som do mar crescendo: invadindo o reino de meus sonhos a cada onda que quebra na areia. 
Eu quero um beijo de sereia debaixo do céu estrelado, enquanto as cadentes cruzam o firmamento abobadado.
Quero a mata viçosa recebendo o meu corpo nos seus braços enquanto no seu tapete de folhas secas descarrego todo o meu cansaço.

Quero mar cristalino, quero areia branquinha,
Eu quero paz e sorriso, sossego, ficar na minha.
Banho de cachoeira depois da trilha fechada, 
e acender fogueiras na beira da praia.

e saber que tudo isso: o carinho do vento, o abraço do mar, a sombra dos arvoredos e a beleza do luar
são pra mim como você, meus, sem o ser. beleza de se admirar, de se gozar, não de comprar.
não de se ter

porque o que é bom de verdade não se toma, se ganha de presente. como um raio de sol num dia nublado, cruzando as nuvens pra beijar o nosso rosto. como o vento fresco que vem da floresta quando nosso corpo quente padece de cansaço.

como o amor, plantinha que passarinho planta no vento. que cresce vadio em qualquer canto ao relento e cujas flores florescem sempre temporãs, surpresinhas que acalentam.

hoje eu vou sonhar com flores.

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