Eu quero pra mim denovo o som do mar crescendo: invadindo o reino de meus sonhos a cada onda que quebra na areia.
Eu quero um beijo de sereia debaixo do céu estrelado, enquanto as cadentes cruzam o firmamento abobadado.
Quero a mata viçosa recebendo o meu corpo nos seus braços enquanto no seu tapete de folhas secas descarrego todo o meu cansaço.
Quero mar cristalino, quero areia branquinha,
Eu quero paz e sorriso, sossego, ficar na minha.
Banho de cachoeira depois da trilha fechada,
e acender fogueiras na beira da praia.
e saber que tudo isso: o carinho do vento, o abraço do mar, a sombra dos arvoredos e a beleza do luar
são pra mim como você, meus, sem o ser. beleza de se admirar, de se gozar, não de comprar.
não de se ter
porque o que é bom de verdade não se toma, se ganha de presente. como um raio de sol num dia nublado, cruzando as nuvens pra beijar o nosso rosto. como o vento fresco que vem da floresta quando nosso corpo quente padece de cansaço.
como o amor, plantinha que passarinho planta no vento. que cresce vadio em qualquer canto ao relento e cujas flores florescem sempre temporãs, surpresinhas que acalentam.
hoje eu vou sonhar com flores.
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